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Mostrando postagens de setembro, 2014

De volta ao Ceticismo

Nos últimos Posts eu acabei por me desviar do assunto que me levou a embarcar nessa tarefa de gerenciar um Blog: o Ceticismo. Isso se deveu principalmente porque eu entendi que o momento político por que estamos passando é tão importante que merecia uma atenção maior. Estava enganado porque o que vemos, às vésperas de uma eleição que eu entendo como a mais importante para a nossa jovem e frágil democracia, é um baralho onde não sabemos onde se encontra o coringa. Não temos um estadista em quem depositar as nossas esperanças, e isso é de uma tristeza atroz. Na verdade o mundo conseguiu, não sei bem por que, chegar a uma situação em que não vemos com facilidade estadistas nas nações mais importantes: Obama não é um estadista Putin é mais um trator que um estadista Muito menos Cameron ou Hollande Os asiáticos não contam porque pouca gente por aqui sabe os nomes deles: Li Keqiang da China e Shinzo Abe do Japão (?) Acho que só a Angela Merkel se aproxima daquilo que eu entendo com

As Mentiras do Governo

A meu ver o crítico mais virulento do governo petralha é o J. R. Guzzo. Na Veja de 10/09 ele se saiu com uma tirada impagável: "Governos que mentem para o público acabam mais cedo ou mais tarde mentindo para si mesmos e, pior ainda, acreditando nas mentiras que dizem; o resultado é que sempre chegam a uma situação em que não sabem mais fazer a diferença entre o que é verdadeiro e o que é falso". Por outro lado, a Consultoria Empiricus, que foi vítima de uma investida petista na Justiça, exigindo a retirada de seu site de críticas à política econômica, relacionou as 10 mentiras principais do governo Dilma. São elas: A crise vem de fora. A política neoliberal vai aumentar o desemprego. A oposição quer acabar com o reajuste do salário mínimo. A política neoliberal proposta pela oposição vai promover arrocho salarial. O programa de Marina reduz a pó a política industrial. A política monetária foi exitosa. Precisamos de um pouco mais de inflação para não perder empregos.

A China e a América Latina

O equilíbrio do poder mundial estava há décadas em uma situação de total tranquilidade. De um lado os Estados Unidos com sua força econômica descomunal, do outro a Comunidade Européia com suas contradições, onde apenas a Alemanha tem um governo sério. Isso para a América Latina foi muito ruim, uma vez que a Europa nunca a levou em conta e os Estados Unidos há muito a vêm cozinhando em fogo lento, dado que eles a consideram estrategicamente irrelevante. Nada como a entrada de um novo personagem para tornar o jogo mais emocionante: a China. Trata-se de um país carente de recursos, altamente tolerante ao risco e indiferente quanto as políticas públicas e sociais de seus interlocutores. Em função disso ela é hoje o primeiro ou segundo maior importador do Brasil, do Chile, do Peru, do Uruguai, de Cuba e da Venezuela. Ao mesmo tempo ela se tornou o principal investidor da região, e em alguns casos o único, nos países abandonados pelos investidores internacionais. Esse fato despertou nos