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Mostrando postagens de dezembro, 2015

O Efeito Orloff 2016

"Eu sou Você Amanhã", dizia a propaganda da vodca, alertando para a importância de se escolher a bebida certa e evitar a ressaca do dia seguinte. Imediatamente se fez a conexão dessa frase com o que ocorria na época com a economia das duas maiores potências latino americanas, que teimavam seguir ladeira abaixo uma atrás da outra. Tudo o que a Argentina fazia de errado era replicado aqui. O TCU, ao chamar a atenção recentemente para os desmandos cometidos pelo governo Dilma, voltou a mencionar o "Efeito Orloff", o que o Estadão, no dia 07/07, em reportagem de Suely Caldas, considerou um exagero. Segundo ela "aqui seria impensável destruir quase 80 anos de trabalho do IBGE, transformando-o em uma instituição servil, como é o IDEC argentino". Pois bem, os truques do "Ministério Mântega" desacreditaram a nossa contabilidade em escala no mínimo igual, e reportagem recente no Valor Econômico confirma que não foi por falta de aviso que essas barbarida

Estamos começando a nos conhecer

Tenho uma posição um pouco diferente na análise da situação pela qual estamos passando: Estamos, finalmente, começando a travar conhecimento de nós mesmos.  E o resultado não é bom. Vamos começar pelo que o brasileiro entende como o papel do Estado. Para ele, o Estado é aquela entidade que está à sua disposição para socorrê-lo sempre que necessário. Ele mesmo não se considera responsável por contribuir com a mudança de como as coisas ocorrem. Reclama mas não age e fica aguardando que o Super Protetor venha em seu socorro. Esse é o adubo do populismo, do aparecimento dos Messias que tanto grassam em nossa pobre América Católica. Junte-se a isso o clientelismo: nós brasileiros estamos sempre à espreita de uma oportunidade de levar vantagem na nossa relação com o Caudilho de ocasião. O aproveitador desse estado de coisas sabe exatamente o que fazer para alcançar o poder e conquistar a nossa confiança. Por sinal, a palavra confiança é a chave da questão. Nós confiamos na pessoa que s

Encontros com o meu Pai - Episódio II

Esta última conversa com o meu Pai se deu na presença da minha esposa Climene. Foram divagações a respeito de sua saída de Manaus para Goiânia, entremeadas com a minha passagem da infância para a adolescência. Sua memória extraordinária já confundia um pouco as datas e os locais, ele demonstrou cansaço e eu tive que interromper a conversa. Nunca mais gravei e hoje me sinto como que devedor por ter perdido essa oportunidade de explorar um pouco mais a vida desse grande homem: Entrevista de 09 de setembro de 2008 Otávio: Pode falar. Abílio: Nós morávamos em Abaetetuba. Ficamos quatro anos e meio. No primeiro ano eu era apenas um companheiro, assistente do Doutor Mário Lessa, nosso amigo, que era o chefe da unidade. Eram três médicos, um movimento muito grande. Aí o Lessa foi pro sul e não voltou. Mandaram eu assumir a chefia e eu fiquei lá três anos e tanto como chefe. Nós adorávamos a cidade de Abaetetuba, eu e a mãe do Luiz Otávio. Era uma cidade de muita música, de muita vida s