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Mostrando postagens de fevereiro, 2017

O Medo do Vazio

Para evitar a progressão da demência, ou talvez prevenir sua antecipação, me atribuí algumas tarefas que exercitam a mente. Diariamente faço as cinco Paciências que constam do cardápio inicial do Microsoft Solitaire Collection: a Klondike, a Spider (minha favorita), a Free Cell, a Pyramid e a TriPeaks. Não contente com isso, vou ao Caderno 2 do Estadão e, após ler a tira do Calvin, resolvo as Cruzadas e o Sudoku (o nível Difícil do Sudoku me deixa preocupado).  Logo abaixo do Sudoku leio a frase do dia, o "Bem Pensado". A frase de 15/02 me levou a refletir que, pouco a pouco, estamos nos afastando do motivo que nos convenceu a criar esse Blog em maio de 2012, o Ceticismo. Dizia o pensamento: "O que o homem busca em seus deuses, na sua arte e ciência é o significado. Ele não consegue suportar o vazio." Francis Jacob Imediatamente procurei saber na Wikipedia quem era Francis Jacob. Encontrei dois: um músico e um biólogo/autor, ambos franceses. Concluí que devia

O Manual do Populismo de Moisés Naim

Conheci o escritor venezuelano Moisés Naim em 2013, ao comprar seu livro "O Fim do Poder", por recomendação na contracapa do estadista FHC. Disse Fernando Henrique que "todos aqueles que têm poder - ou desejam tê-lo - deveriam ler esse livro". Resumindo, Moisés Naim defende no livro que as instituições globais de poder estão perdendo a sua capacidade de atrair respeito, quer se trate de instituições de governo, militares, religiosas ou de negócios.  Anos mais tarde o Estadão anunciou Naim como novo colunista do seu caderno internacional, o que elevou ainda mais a forma como são tratados os assuntos globais nesse jornal. Na edição de 06/02 Naim traz uma pérola que eu resolvi comentar neste Post: o Populismo. A autoridade que Naim tem nessa área é grande, já que ele foi Ministro do Desenvolvimento no seu país natal, Diretor Executivo do Banco Mundial e Editor Chefe da revista Foreign Affairs. Atualmente é membro sênior do Carnegie Endownment for Peace.  Para ele o

Ainda a Educação

No último Post abordamos a questão da gestão na Educação e na Saúde. Pois bem, a revista Veja de 08/02/2017 traz uma interessante reportagem a respeito desse assunto, no que tange a Educação. Pena que as comparações feitas pela Veja levem em conta o valor investido em Educação como porcentagem do PIB total, e coloca o Brasil entre os 10 países que mais investem em educação, com 5,5% do seu PIB total. Não é correta essa abordagem, já que ela coloca o Brasil, com uma imensa população de mais de 200 milhões de habitantes, em um time de 10 países, sendo que os 9 restantes têm uma população total de 125 milhões de habitantes. São todos países de primeiro mundo e baixa população, como mostra a tabela abaixo, comandados pela Noruega, com investimento de 7,3% do PIB total. Tive o cuidado de procurar na Wikipedia a população desses países, juntamente com o seu PIB. Daí foi fácil, em função da informação de Veja, calcular o valor investido por eles em Educação. Também foi calculado o PI

Gestão x Verba para Educação e Saúde

Tenho um conselho a dar aos meus "leitores / eleitores": Não vote em nenhum candidato que defenda publicamente que o orçamento federal, estadual ou municipal defina um percentual mínimo para a Educação e a Saúde Também não acredite naqueles que dizem que a emenda do teto dos gastos vai ser prejudicial para a Educação e a Saúde. Quem assume essas posições está na verdade interessado em manter um valor mais elevado de dinheiro para essas atividades, consciente de que uma parcela enorme vai vazar no caminho entre a fonte e o usuário final. E boa parte dessa parcela, aquela que não se perde por pura incompetência, vai parar nos seus bolsos.  Dirigir uma nação, um estado ou um município requer não muito mais que bom senso, aquele bom senso que um chefe de família deve ter ao tratar o seu orçamento familiar. O cidadão A tem esse bom senso e não vacila em manter uma reserva mínima de, digamos, 6 meses para lidar com as eventualidades. O cidadão B não tem essa percepção. Qu