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Mostrando postagens de junho, 2012

O Impasse Ambiental

Não que eu goste do cocaleiro Morales, mas ele disse algo que devia ser levado a sério, mesmo partindo dele: "A orgia depredadora (das nações ricas) obriga os países do Sul a ser seus guardas florestais". Essa frase me remeteu ao excelente artigo publicado na Veja de 13/06, de autoria dos antropólogos americanos Michael Shellenberger e Ted Norhauss, fundadores do Breakthrough Institute (thebreakthrough.org), de onde eu tiro as informações abaixo: Nossa Missão O Breakthrough Institute é um "think tank (líder de reflexão??)" de mudança de paradigma, empenhado na modernização do pensamento liberal para o século 21. Nossos principais valores são a imaginação, a integridade e a audácia. Nosso objetivo é acelerar a transição para um futuro onde todos os habitantes do mundo possam desfrutar de uma vida segura, livre, próspera e cheia de realizações, em um planeta ecologicamente vibrante. Visão Global Desde 2003, o Breakthrough tem sido mais conhecido como um "

Estatística

Sexta Feira, 15 de Junho. Estou assistindo ao jogo França x Ucrânia e de repente o sinal da Globosat HD sumiu. A solução foi mudar para a Band, também HD, porque a imagem da Sportv é muito ruim. Tive então que aguentar as bobagens que o Neto costuma dizer em seus comentários; e elas não tardaram: o jogo estava 0 x 0, o locutor dizia que a percentagem de posse de bola era de 60 / 40 em favor da França, e foi interrompido pelo Neto, que disse não acreditar em estatísticas, e que o que importa não é a posse de bola, mas sim os chutes a gol, que a essas alturas eram também bastante favoráveis à França: 6:2. Resumindo: na cabeça do Neto, posse de bola é estatística, chute a gol não. Fiquei me perguntando por que a Bandeirantes coloca uma pessoa tão despreparada para comentar seus programas esportivos, e cheguei a uma conclusão que achei interessante: ele está mais próximo em termos da cultura média do espectador, logo ela está certa em mantê-lo. O Estadão em boa hora percebeu que ele não

A Pirâmide Etária

A revista Veja de 30/05/2012 trouxe uma entrevista instigante com o economista americano Ronald Lee, o qual se especializou no estudo de um problema que tem tirado o sono dos países que possuem uma gerência séria, e que vai acabar por arruinar aqueles que estão jogando esse problema pra baixo do tapete: o mundo dos idosos. Se eu fosse classificar o nosso país, teria que dizer que ele se enquadra no segundo grupo. Mas para chegarmos a essa conclusão vamos tentar analisar alguns dados disponíveis. Os gráficos abaixo mostram a evolução da pirâmide etária brasileira. Observa-se que em 1975 o Brasil possuia cerca de 16,5 milhões de crianças entre 0 e 4 anos, e 2 milhões de idosos entre 60 e 64 anos. Uma relação de 8,25/1 Em 2012 esse quadro se alterou drasticamente. Temos 17,8 milhões de crianças entre 0 e 4 anos, e 7,2 milhões de idosos entre 60 e 64 anos. A relação agora é de 2,5/1  Estima-se que em 2050 a pirâmide quase que se torne um cilindro. Deveremos ter 1

Que tal debatermos agora uma proposta política futura e descartar esses sistemas antigos e obsoletos?

Esse pedido foi feito pela minha esposa Climene em um comentário anterior. Como se isso fosse coisa fácil de ser feita. O blogueiro se alimenta de comentários; é o combustível que o faz seguir escrevendo bobagens, e os cinco leitores deste blog que se deram ao trabalho de tecer comentários me troxeram um grande alívio. Sinal de que alguém tem uma visão crítica sobre o que eu venho escrevendo (não pude evitar o duplo gerúndio). O mundo está passando por uma fase muito delicada. Na sua parte que podemos chamar de velha para os nossos padrões ocidentais, os antigos impérios estão finalmente tendo que enfrentar uma realidade cruel: sua riqueza acabou quando tiveram que abrir mão de suas colônias, e não há como sustentar o seu padrão de vida baseado na exploração da riqueza alheia. Do lado oriental temos um Japão esgotado, sendo atropelado por uma China explosiva, pronta para mostrar aos antigos feitores que o Imperio do Meio sempre acaba por subjugar o dominador, e esse conceito se aplic

Meu problema com a Medicina

Antes de mais nada quero dizer que devo muito à Medicina. Acho que a vida saudável que tenho aos 69 anos se deve a um grande médico que me curou de um câncer de próstata, Doutor Miguel Srougi, isso há 14 anos. Meu irmão mais novo Abilio Filho, por outro lado, acaba de comemorar um ano de fígado novo, que lhe foi presenteado no Hospital Bandeirantes em São Paulo. Meu Pai, falecido ano passado aos 100 anos e meio, era médico e merece um blog à parte. Meu irmão Claudio é um bom cardiologista em Brasília, e me tem dado grande suporte quando ao controle da minha pressão arterial e de um bloqueio de ramo direito congênito. Minha filha Claudia tem uma doença neurológica, a Esclerose Múltipla, que ela controla com a competência de uma equipe inteira à sua disposição na Unicamp. Então qual é o seu problema, diria o leitor desse Blog? Vou começar com uma história: Nos anos 60/70 eu morava em São José dos Campos e fui consultar um cardiologista, para dar sequência ao controle do meu bloqueio,