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O REAL como Solução para a Via Crucis dos Brasileiros

Ao me aproximar do ocaso da vida, é hora de avaliar o que fiz de bom e de ruim nos quase 81 anos que já vivi, e o que deixei de fazer de forma a tornar mais tranquilo este curto fim de vida que ainda acho que tenho. Dias atrás estava em uma mesa de bar e não sei por que deixei escapar o fato de ter cursado uma boa escola de engenharia, em que pese não ter na época o perfil típico daqueles que conseguiam o ingresso a ela. Um membro da mesa, conhecido ricaço do bairro, me questionou a respeito de eu ter estudado tanto e não ter conseguido chegar perto do que ele chegou em termos de patrimônio. Isso mesmo, com palavras um pouco mais amenas. Uma coisa que sempre me perseguiu foi a necessidade de olhar a espécie humana com uma visão um pouco além daquela que o sociólogo Sérgio Buarque de Holanda definiu como CORDIAL. Segundo ele o homem precisa "viver nos outros" para poder expandir o seu ser na direção do SOCIAL. Isso, olhando para trás, não saiu barato para a nossa família do po
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O Capitalismo Moderno como Acelerador da Desigualdade

Recebi do meu amigo José Paulo um artigo instigante: "Rentismo, o novo modo de produção" , do professor Ladislau Dowbor, da PUC-SP, publicado pelo boletim da Associação dos Engenheiros da Petrobrás. Ele é tão em consonância com aquilo que penso que combinei com meu amigo fazer um resumo daquilo que o Professor Dowbor com muita competência transmitiu. O autor traça uma trajetória do Capitalismo a partir do seu estabelecimento e dos fundamentos teóricos criados em torno dele desde sua expansão. Tudo gira em torno de se criar um mecanismo que gera a reprodução do capital. O capitalista tem uma empresa, cujo produto ele vende para outras empresas, as quais vão produzir bens que eventualmente serão vendidos no mercado. O lucro resultante desta cadeia de produção será aplicado em mais capacidade produtiva, mais capital. O lucro proveniente desta cadeia é resultado da venda por um preço superior aos custos dos insumos necessários à produção, mais os salários dos trabalhadores envolv

O Gás Carbônico

Meu penúltimo Post, aquele sobre as COPs, não teve até agora a quantidade de acessos que eu entendo que merece, dada a sua importância (só 146 ). Como a média de acessos deste Blog gira em torno de 600 por Post, só posso concluir que este assunto ainda não desperta muita atenção. Mas pelo menos ele teve comentários. Para mim o comentário é importante, já que ele desperta em quem leu o Post a vontade de participar do assunto.  O comentário do Roberto me deixou feliz, porque segundo ele o Post trouxe de volta uma questão que ele já tinha enterrado. Valeu então a pena o tempo que perdi em escrever o Post se convenci um amigo a voltar a pensar na mudança climática. Mas u m comentário em particular me leva a voltar a falar dela. Meu amigo Alex escreveu: Pelo que me lembro, na atmosfera há (números redondos, já que minha memória fraqueja) 71% de Nitrogênio, 21% de Oxigênio, e algo como menos de 1% de Gás Carbônico. Como esse desgraçado CO2 pode ter tal influência? Este comentário faz todo o

Civilidade e Grosseria

  Vamos iniciar este Post tentando ensaiar teatrinhos em dois países diferentes: País A O sonho do jovem G era ser membro da Força Aérea de A, mas na sua cabeça havia um impedimento: ele era Gay. Mesmo assim ele tomou a decisão de apostar na realização do seu sonho. O País A  não pratica a conscrição, ou seja, ninguém é convocado para prestar serviço militar. Ele está disponível para homens entre 17 e 45 anos de idade. G tinha 22 e entendeu que o curso superior que estava fazendo seria de utilidade na carreira militar. Detalhe: há décadas o País A tinha tomado a decisão de colocar todos os ramos militares em um único quartel, com a finalidade de aumentar o grau de integração e a logística. Isso significa a Força Aérea de A está plenamente integrada nas Forças de Defesa de A. Tudo pronto, entrevista marcada, o jovem G comparece à unidade de alistamento e é recebido com a mesma delicadeza que aquele empresário teria ao se interessar por um jovem promissor de 22 anos. Tudo acertado, surgi

Sobre as COPs , e sobre o que podemos fazer como cidadãos do planeta

A coisa está tão confusa que eu entrei com um artigo sobre as COPs  no "Google Translator", e para minha surpresa verifiquei que a palavra COP , quando aparecia, estava traduzida como Policial. Então achei por bem esclarecer esta confusão. O Dicionário Cambridge realmente define Cop como "a police officer", mas aqui a COP se trata de uma "Conference Of Parties", na verdade uma Conferência das Partes da ONU, que reúne anualmente os países signatários da Convenção do Clima, ao fim de cada ano, para discutir o progresso na implementação do tratado, e dar continuidade às discussões. A definição mais conhecida para as COPs foi dada pela ativista Greta Thumberg: " A COP é só blá-blá-blá ", o que sugere que os resultados alcançados com sua realização não estão em nada contribuindo com os objetivos que ela persegue. Dias atrás me deparei com um artigo no site Persuasion de autoria de Francisco Toro, um colaborador do site, intitulado "All COPs are B