Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de janeiro, 2013

Lição Número Três: O Intervencionismo

Continuando com o pensamento de Mises, em que estou me baseando no livro "As Seis Lições", vamos tratar de um assunto que persegue de forma sistemática todos os países "down the Equator". A ocasião é propícia para uma análise dessa praga que nos persegue nessa parte obscura da América, banhada de sol e mergulhada na mais negra concepção de como se deve governar: estamos passando talvez pela pior fase em termos de qualidade de governo, com os nossos messias se arvorando no dever de intervir em todas as facetas da nossa sofrida existência. O que se quer discutir aqui é a função do governo, já que se entende que "o melhor governo é aquele que menos governa". Resumidamente a função primordial de um governo é a proteção das pessoas, tanto a nível interno como externo. Na economia de mercado pode-se dizer que a principal incumbência do governo é proteger o funcionamento básico dessa economia, tanto dentro como fora do país. Nas condições em que se encontra a

Lição Número Dois: O Socialismo

Continuando com o pensamento de Mises, vamos na Lição 2 falar do Socialismo. Brevemente. Comecemos por uma definição de mercado: é um processo por meio do qual as pessoas, ao produzir e consumir, contribuem para o funcionamento da sociedade. Um mercado plenamente ativo possui o que se costuma chamar de liberdade econômica, e essa liberdade é fundamental na preservação das outras liberdades, já que é ela que faculta às pessoas o poder de escolher como se integrar ao conjunto da sociedade. Existem correntes filosóficas que defendem que as liberdades de expressão, de pensamento, de imprensa, de culto, de não encarceramento sem julgamento, podem ser preservadas na ausência da liberdade econômica. Isso é uma ilusão, já que em um sistema desprovido de mercado todas as outras liberdades são ilusórias, ainda que explicitadas em lei ou na constituição. Por exemplo se o governo for o dono de todas as máquinas impressoras, ele quem vai determinar o que deve ou não ser impresso, e nesse caso

Lição Número Um: O Capitalismo

O austríaco Ludwig von Mises é considerado como um dos grandes defensores da liberdade econômica como suporte da liberdade individual, e um dos ícones da escola austríaca. Em 1958, logo após a queda de Perón, ele foi convidado pela Universidade de Buenos Aires para dar um curso de economia, na esperança de que suas aulas insuflassem na juventude argentina idéias novas após o período de sombras por que passou a nação vizinha. Sua esposa Margit compilou as seis lições proferidas, que foram condensadas em um livro, "As Seis lições", do qual eu tenho a sorte de ter um exemplar digital. A Primeira Lição é uma defesa didática do Capitalismo. Tudo o que vou condensar aqui reflete o pensamento deste grande homem. Antes do advento do capitalismo, a existência do homem praticamente não se alterava desde o seu nascimento até a sua morte. Se nascido pobre, pobre permaneceria até morrer; se rico, rico seria para sempre. Não havia brecha nesse estado de coisas. As indústrias primitivas

O Equívoco Brasileiro

Como diria Ledo Ivo, a nossa Economia "patinha", anda como pato. Isso é resultado da forma equivocada como ela é conduzida pelo governo. O pressuposto principal, defendido pelo ministro que já devia ter sido demitido, é que basta estimular o consumo para que o PIB cresça, e todas as iniciativas econômicas foram nesse sentido: a desvalorização cambial, a queda dos juros, o aumento do crédito, a queda dos impostos dos produtos que possuem maior poder junto ao governo, como também uma pressão desmedida sobre o empresariado para que ele perca dinheiro investindo em uma batalha incerta. O comportamento da indústria em 2012 foi de dar dó. Com o consumo em alta ela conseguiu a proeza de decrescer 2,9% nos 10 primeiros meses do ano, em relação aos do ano anterior. A verdade é que a nossa vocação produtiva sofre de um mal de origem, que foi criado com a reserva de mercado, iniciada com a Política Nacional de Informática, lei 7232, aprovada em outubro de 1984. Grandes investimentos f