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Sobre a Democracia

Dificilmente iremos encontrar uma palavra mais sujeita às mais variadas interpretações como a do título deste Post. O exemplo maior entre tantos outros talvez seja a República Popular Democrática da Coréia , vulgo Coréia do Norte, que recentemente executou 30 funcionários da sua agência do clima por não terem previsto as fortes chuvas que assolaram o país. Para dirimir esta questão a Economist Intelligence Unit (EIU) , da revista inglesa The Economist - a mesma que criou o já famoso Big Mac Index, que avalia a paridade do poder de compra das moedas - criou em 2.006 o Democracy Index,  para examinar o estado da democracia em 167 países. O resultado está mostrado no mapa abaixo: https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%8Dndice_de_democracia#:~:text=Na%20avalia%C3%A7%C3%A3o%20mais%20recente%2C%20divulgada,a%20pior%20nota%2C%20com%200.26. Em fevereiro passado saiu a sua nova versão, o Democracy Index 2023, que sem muita surpresa classificou as 167 nações avaliadas e deu a relação das dez melhores
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A pobre Guatemala, a United Fruit, e a CIA

Minha esposa é uma leitora compulsiva; lê de tudo. Agora mesmo ela  está lendo POR QUE O MUNDO EXISTE?, de Tim Holt, um livro que eu comprei e só consegui ler a metade. Isso após ter lido um thriller ambientado na Guerra Fria que ela ganhou de uma amiga, que se desfez da sua biblioteca por ter decidido mudar de sua imensa casa para um apartamento bem menor. O livro se chama CONTAGEM REGRESSIVA (Code to Zero), de Ken Follett. Ela após terminar de ler comentou comigo sobre o fato do autor por duas vezes mencionar o envolvimento da CIA na deposição de um governo legitimamente eleito na Guatemala. Interrompi o que estava lendo, e por ter muito interesse nesse assunto, peguei o livro para ler. A primeira referência à Guatemala se dá na página 102 (Editora Arqueiro, 2018). Há uma reunião da CIA para decidir a respeito de uma forma de combater um tal Fidel Castro em Cuba: - Se mandássemos um punhado de sujeitos durões das Forças Especiais, conseguiríamos varrer o exército de Fidel em menos de

Todo Ato tem Várias Versões - O 11 de Setembro

No dia 11 de Setembro de 2001, uma terça feira, eu acordei de madrugada com "jet lag". Estava em San Diego desde domingo para fazer o treinamento em um sistema de transmissão ótica espacial na empresa Optical Access. Liguei a TV na CNN e vi um avião explodindo uma das Torres Gêmeas em Nova York. Tinha certeza de que tinha ligado na CNN e estranhei a propaganda de filme de grandes tragédias, t ão a gosto dos americanos. Logo em seguida vi a outra torre ser atingida e percebi que se tratava e um grande atentado terrorista. Imediatamente liguei pra minha esposa em Campinas, já prevendo que a minha viagem de volta no voo Varig de São Francisco para Cumbica no Sábado estava comprometida. Acordei um amigo meu, o Lineu, que morava em La Jolla, um lindo lugar perto de San Diego, e ele me convidou pra me mudar do hotel em que estava para a sua casa até que as coisas se esclarecessem e os aeroportos reabrissem. A Varig me comunicou que eu estava no fim da fila de prioridades: estava só

O REAL como Solução para a Via Crucis dos Brasileiros

Ao me aproximar do ocaso da vida, é hora de avaliar o que fiz de bom e de ruim nos quase 81 anos que já vivi, e o que deixei de fazer de forma a tornar mais tranquilo este curto fim de vida que ainda acho que tenho. Dias atrás estava em uma mesa de bar e não sei por que deixei escapar o fato de ter cursado uma boa escola de engenharia, em que pese não ter na época o perfil típico daqueles que conseguiam o ingresso a ela. Um membro da mesa, conhecido ricaço do bairro, me questionou a respeito de eu ter estudado tanto e não ter conseguido chegar perto do que ele chegou em termos de patrimônio. Isso mesmo, com palavras um pouco mais amenas. Uma coisa que sempre me perseguiu foi a necessidade de olhar a espécie humana com uma visão um pouco além daquela que o sociólogo Sérgio Buarque de Holanda definiu como CORDIAL. Segundo ele o homem precisa "viver nos outros" para poder expandir o seu ser na direção do SOCIAL. Isso, olhando para trás, não saiu barato para a nossa família do po

O Capitalismo Moderno como Acelerador da Desigualdade

Recebi do meu amigo José Paulo um artigo instigante: "Rentismo, o novo modo de produção" , do professor Ladislau Dowbor, da PUC-SP, publicado pelo boletim da Associação dos Engenheiros da Petrobrás. Ele é tão em consonância com aquilo que penso que combinei com meu amigo fazer um resumo daquilo que o Professor Dowbor com muita competência transmitiu. O autor traça uma trajetória do Capitalismo a partir do seu estabelecimento e dos fundamentos teóricos criados em torno dele desde sua expansão. Tudo gira em torno de se criar um mecanismo que gera a reprodução do capital. O capitalista tem uma empresa, cujo produto ele vende para outras empresas, as quais vão produzir bens que eventualmente serão vendidos no mercado. O lucro resultante desta cadeia de produção será aplicado em mais capacidade produtiva, mais capital. O lucro proveniente desta cadeia é resultado da venda por um preço superior aos custos dos insumos necessários à produção, mais os salários dos trabalhadores envolv