Todo ano, quando julho se aproxima, a chama que ainda bruxuleia faz um esforço de voltar a arder com força. A mente se volta para o sul do Maranhão. mais precisamente para Carolina, e comanda o corpo nessa direção. Isso acontece há 70 anos. Em 1946 meu avô, em visita a Belém, conseguiu convencer meus Pais a me levar com ele para passar férias em Carolina. Eu tinha 3 anos de idade. Viajamos a bordo de um DC3 da Cruzeiro do Sul, com escala em Marabá, por sinal terra da minha Mãe. Os motivos que me atraem a Carolina variaram com o correr dos anos, mas seu grau de importância não mudou. Na infância foi a vontade de me reunir com os primos e tios, na juventude foi uma paixão por uma prima distante, com quem quase me casei. Já Pai de família me vi na obrigação de transmitir às minha filhas esse sentimento, sem muito sucesso. Os anos se passaram e o que aconteceu foi que da geração anterior à minha sobrou em Carolina apenas uma Tia. Diana, 91 anos casada com Nelson, irmã mais nova de meu Pa...