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Mostrando postagens de 2023

A Europa Islâmica

É irreversível. A Europa, o berço da Civilização Ocidental, como a conhecemos, está com seus dias contados. Os netos dos nossos netos irão viver em um mundo, se ele ainda existir, no qual toda a Europa será dominada pelo Islamismo. Toda essa mudança se dará em função da diminuição da população nativa. Haverá revoltas localizadas, mas o agente maior dessa mudança responde por um nome que os sociólogos têm usado para alertar para esse desfecho: a Demografia. Vamos iniciar este Post com um exercício simples. Suponhamos uma comunidade de 10.000 pessoas, 5.000 homens e 5.000 mulheres, vivendo de forma isolada. Desse total metade (2.500 homens e 2.500 mulheres) já cumpriu sua função procriadora, e a outra metade a está cumprindo ou vai cumprir. Aqui vamos definir dois grupos, o velho não procriador e o novo procriador. Se os 2.500 casais procriadores atingirem uma meta de cada um ter e criar 2 filhos, teremos como resultado que, quando esta geração envelhecer (se tornar não procriadora), a c

Sobre os Políticos

Há tempos estou à procura de uma fonte que me desse conteúdo a respeito desse personagem tão importante para as nossas vidas, mas que tudo indica estar cada vez mais distanciado de nós. Finalmente encontrei um local que me forneceu as opiniões que abasteceram a minha limitada profundidade no assunto: Uma entrevista no site Persuation, de Yascha Mounk, com o escritor, diplomata e político Rory Stewart.  Ex-secretário de Estado para o Desenvolvimento Internacional no Reino Unido, Rory Stewart é hoje presidente de uma instituição de caridade global de alívio à pobreza, a GiveDirectly (DêDiretamente em tradução Livre) e autor do recente livro How not to be a Politician, a Memoir (algo como "Como não ser um Político, um livro de Memórias"). A entrevista é longa e eu me impressionei com ela a ponto de me atrever a fazer um resumo. Pelo que entendi, com o livro Stewart faz uma descrição de suas experiências na política do Reino Unido. Ele inicia a entrevista falando da brutalidade

Meus 80 Anos e o Valor Intangível dos Eventos

No dia 05 de agosto passado fui, vamos dizer, algo como o protagonista de um encontro de 92 pessoas, reunidas no Sítio Santa Inês, bem perto da minha casa em Campinas, para comemorar os meus 80 anos de idade. Embora tenha nascido num 05 de setembro, resolvi antecipar o evento em um mês para aproveitar a presença da minha filha Renata, residente em Melbourne, Austrália, que estava nos visitando.  O resultado deste encontro de pessoas, todas muito chegadas a mim, me fez pensar a respeito de uma característica das comunidades nas quais cresci, característica essa quase que extinta nos tempos atuais: as reuniões de pessoas para comemorar; seja lá o que for. Daí surge a pergunta que motiva este Post: qual o valor que devemos atribuir a esses eventos? O seu custo eu tenho nas planilhas Excel nas qual tento equilibrar minhas contas de aposentado, mas a resposta que esse encontro de amigos deu me trouxe a certeza de que o seu valor ultrapassou todas as minha expectativas. Grosso modo podemos d

SOBRE O PRIVILÉGIO, A CRASE, O GERÚNDIO , E OUTRAS MAZELAS

Nos anos 1970 Blota Júnior era o mestre de cerimônias do Troféu Roquete Pinto da Rede Record, e eu resolvi assistir ao programa, não me lembro em que ano, porque um amigo meu ia receber um prêmio em nome da Fundação Padre Anchieta. Tratava-se do Professor Antônio Soares Amora, Diretor Cultural da Fundação.  O Professor agradeceu pelo prêmio recebido e Blota Júnior respondeu com algo como "é um PRIVILÉGIO o programa receber uma pessoa que pronuncia PRIVILÉGIO da forma correta".  Nos dias de hoje Blota Júnior iria se assombrar com a quantidade de repórteres que insistem em dizer "PR E VILÉGIO" em vez de "PRIVILÈGIO". Eu ouso dizer que mais da metade assim o faz. O prefixo PRÉ é o oposto do prefixo PÓS. Então temos por exemplo pré-pago e pós-pago,  pré-vestibular e pós-graduação. No entanto o que significaria PRE-VILÉGIO? Na verdade a origem da palavra PRIVILÉGIO é latina e vem do Direito Romano. PRIVILEGIUM para eles era uma "lei excepcional concernente

MARX, na opinião de um leigo. E outras coisas.

Estou terminando de ler um grande livro. Seu nome é ... "Grandes Livros (Great Books)", de David Demby, um crônico de cinema que tomou a decisão de voltar à Universidade de Colúmbia em 1991, para assistir novamente a dois cursos, "Letras Clássicas" e "Civilização Contemporânea", que ele já tinha cursado 30 anos atrás, em 1961.  Os dois cursos percorrem obras primas da literatura e da filosofia, passando por Homero, Safo, Platão, Sófocles, Aristóteles, Ésquilo e Eurípides, Virgílio, O Antigo Testamento, O Novo Testamento, Santo Agostinho, Maquiavel, Hobbes e Locke, Dante, Boccaccio, Hume e Kant, Montaigne, Rousseau, Shakespeare, Hegel, Austen, Marx e Mill, Nietzsche, Beauvoir, Conrad, Woolf. Entendo que a decisão de ter voltado a assistir a estes dois cursos foi verificar as atualizações pelas quais eles passaram, mas principalmente ver qual a reação dos alunos a eles nas duas ocasiões. Era óbvio que o ambiente nas universidades em 1991 era totalmente difer