Em junho de 2012 publiquei um Post que veio a se tornar o maior sucesso deste Blog: "A Pirâmide Etária" conseguiu até hoje a proeza de ter tido 3.361 acessos de um total de 11.271 do Blog, ou 30% dos acessos. É claro que esse fato não me deixa orgulhoso, já que os restantes 89 Posts receberam apenas 70%, ou seja, para cada 10 acessos, 3 foram destinados a um único Post entre os 90 existentes.
Devo creditar a enxurrada de acessos à Pirâmide Etária a dois fatores:
Devo creditar a enxurrada de acessos à Pirâmide Etária a dois fatores:
- A importância do assunto,
- O fato de que com certeza ele deve ter sido usado para diversos trabalhos escolares sobre a demografia brasileira, o que me deixa um pouco realizado.
Isso me leva a tecer considerações sobre a importância atual de trabalhos desse tipo como meio de avaliar um aluno. Tente entrar no Google e tecle: trabalhos escolares.
O site Cola da Web (http://www.coladaweb.com/trabalhos-escolares) oferece dezenas de assuntos para trabalhos escolares. Vou citar o parágrafo inicial do trabalho sobre Artes: "Arte é a criação humana com valores estéticos que sintetizam as suas emoções, sua história, seus sentimentos e a sua cultura".
Já o site Trabalhos Escolares (http://www.trabalhosescolares.net/) tem 2.752 tópicos. O trabalho sobre os crustáceos começa com "Os crustáceos receberam este nome por causa da composição do seu
exoesqueleto de carbonato de cálcio, que forma uma crosta. São
artrópodes de hábitos aquáticos, sendo a maioria marinha. As espécies
mais conhecidas são as lagostas, camarões, siris, caranguejos e
tatuzinhos."
Por outro lado o site Sua Pesquisa (http://www.suapesquisa.com/trabalho.htm) é meramente orientativo de como deve ser elaborado um trabalho escolar.
O site ClickEstudante (http://www.clickestudante.com/) enfatiza a importância da Wikipédia.
Como se pode ver, a abundância de informação na WEB torna fascinante a pesquisa dos assuntos sugeridos para a elaboração dos trabalhos escolares. Coisa diferente do meu tempo em uma escola particular em Abaetetuba - PA, onde a única referência que consegui para um trabalho sobre Mitologia foi na coleção de livros infantis do Monteiro Lobato em que, em "O Minotauro" e "Os Doze Trabalhos de Hércules", os personagens do Sítio do Picapau Amarelo visitam a Grécia Antiga.
Essa facilidade no entanto, como diria um amigo já falecido, é uma faca de dois "legumes" (sic). O nome do primeiro site mostrado já diz onde quero chegar: Cola na Web. O trabalho escolar pode se tornar um mero exercício de copy - paste. Essa preocupação já existia na década de 1.920, quando meu Pai Abílio se mudou de Carolina - Ma para Belém, para continuar seus estudos. Ele me contou com orgulho ter vencido um debate na aula de História, em que o professor nomeava um juri para debater um episódio ou um personagem.
No seu caso o personagem a ser julgado era Napoleão, e meu Pai era o Promotor, devendo portanto convencer o juri da culpabilidade de grande Imperador. Disse ele que levou muitas noites em claro tentando definir uma linha de conduta que levasse um mito como Napoleão a ser condenado.
Resumindo, nessa época de grande facilidade de acesso à informação, é necessário que o professor esteja convencido de que o trabalho escolar é mais do que o que o aluno imprimiu, ou enviou por um e-mail, ou colocou em uma site da escola, mas sim que ele é o resultado de uma real investigação sobre o assunto em questão.
Aqui eu volto à solução encontrada pelo professor do meu Pai em 1925: as apresentações devem ser "on line", para usar um termo atual. Um pouco de teatro, na forma de um juri, certamente irá levar a classe a uma motivação maior em torno do tema. Mas para isso é necessário antes de tudo que o professor esteja motivado, e é aí que reside o problema.
Pra começar, eu tenho sérias dúvidas de que um professor que encomenda um trabalho escolar se dê ao trabalho (enfático, não?) de ler todos eles. Ou seja, ele vai ler uns poucos que ele sabe que pode elogiar, enfatizando a posição do elogiado frente à classe, e boa. Dado o enorme volume de trabalho fora da classe, é preciso fingir que ele está sendo feito, e o trabalho escolar é uma boa solução. Aqueles que se considerarem ofendidos com esse comentário fiquem sabendo que eles constituem uma exceção, logo, não há ofensa nenhuma.
Aqui eu volto à solução encontrada pelo professor do meu Pai em 1925: as apresentações devem ser "on line", para usar um termo atual. Um pouco de teatro, na forma de um juri, certamente irá levar a classe a uma motivação maior em torno do tema. Mas para isso é necessário antes de tudo que o professor esteja motivado, e é aí que reside o problema.
Pra começar, eu tenho sérias dúvidas de que um professor que encomenda um trabalho escolar se dê ao trabalho (enfático, não?) de ler todos eles. Ou seja, ele vai ler uns poucos que ele sabe que pode elogiar, enfatizando a posição do elogiado frente à classe, e boa. Dado o enorme volume de trabalho fora da classe, é preciso fingir que ele está sendo feito, e o trabalho escolar é uma boa solução. Aqueles que se considerarem ofendidos com esse comentário fiquem sabendo que eles constituem uma exceção, logo, não há ofensa nenhuma.
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