Recebi de presente um livro, desses que a gente só ganha, nunca compra. Tem o título deste Post, e pertence à coleção As Grandes Ideias de Todos os Tempos.
A gente tem esse tipo de preconceito. Em setembro fiz 70 anos e recebi de presente várias camisas, quase todas na cor azul escuro, quando eu tenho preferência pelas camisas claras. Acho que são menos calorentas. Só que as azul escuro ficaram muito bem em mim e acho que vou mudar os meus conceitos.
O mesmo se deu com o livro. A princípio imaginei que a coleção era do tipo "La Economia pero si es mui Fácil", mas me enganei. A Globo foi cuidadosa na escolha dos colaboradores e a tradução está um primor. É claro que não se trata de um compêndio sobre Economia, mas sim uma coletânea de assuntos que nos agridem no dia a dia, tratados de uma forma muito amena e agradável. Enquanto leio o livro vou tentar transmitir aqui as ideias que ele emite, as quais por sinal estão em grande sintonia com as minhas.
A Economia cada vez mais está influenciando o nosso dia a dia, e o motivo disso estar ocorrendo é simples: os bens ao nosso dispor estão cada vez mais escassos. Quando dizemos que uma pessoa é econômica estamos nos referindo a um bom administrador dos seus bens, ou melhor, a um administrador da escassez dos bens necessários à sua existência, e assim sendo estamos dando à Economia a sua melhor definição:
"A primeira lição da Economia é a escassez; nunca há algo em quantidade suficiente para satisfazer os que o querem. A primeira lição da Política é desconsiderar a primeira lição da Economia (Thomas Sowell)".
É aqui exatamente que o estadista se distancia do político. A sua visão de longo prazo o leva a tomar atitudes que podem até chegar a exigir sacrifícios dos seus liderados, mas cujos resultados são muito melhores que aquelas levadas pelo puro populismo. Trazendo esse raciocínio para o nosso dia a dia, podemos vir a ser estadistas de nós mesmos na medida em que aprendemos a administrar como iremos obter o que precisamos, quando outras pessoas precisam daquela mesma coisa.
A agressão contra o nosso bolso é grande e vem de todos os lados, a ponto de acabarmos por confundir o necessário e o supérfluo. Vou dar um exemplo: na minha casa temos 3 laptops, 2 smartphones e 2 tablets, isso para 2 pessoas apenas, e chegamos a uma situação em que a ausência de um desses instrumentos causa um grande transtorno, o que é um despropósito. Para compensar essa gastança temos apenas um TV 32 polegadas Led, enquanto um amigo meu tem 4. Ou seja, a gastança é democrática e depende claramente das nossas preferências e possibilidades, mas eu entendo que o comprometimento do nosso patrimônio com o supérfluo pode ser amenizado na medida em que entendermos melhor o que o escocês Thomas Carlyle definiu como uma "ciência lúgubre, sombria, triste e bastante aflitiva". Acho que essa ideia é generalizada e contribui em muito para nos tornarmos tão expostos às eficientes ferramentas de marketing modernas.
A coisa chega a ser motivo de piada. Joan Robinson, economista britânica, diz que "o objetivo de estudar Economia é aprender a não ser enganado pelos economistas". Quando diz isso ela está tocando num ponto fulcral: existem muitos "Margarinas" se fazendo de economistas e levando o nosso dinheirinho pro brejo. A sociedade fica assim totalmente à mercê desses incompetentes, ou na melhor das hipóteses ideólogos de esquerda, que têm como objetivo final o poder perene. Estamos vivendo um processo assim em nosso país, onde a mensagem que leva o povo para as ruas é uma mensagem falsa de unificação social.
Para que isso seja possível no entanto torna-se necessário que uma Nova Classe seja criada, em substituição ao empresariado, que é quem dá empregos, e essa Nova Classe é o Poder Público, reconhecidamente incompetente. Dá pena vermos na nossa classe média alta a juventude estudando com afinco, pondo todas as suas energias no objetivo de passar em um concurso público e se tornar mais um soldado dessa Nova Classe.
Vamos tentar analisar os pontos importantes da Economia que nos atingem de forma mais direta. Esperamos com isso, com a ajuda desse livro excelente, dar uma contribuição ao melhor entendimento dessa disciplina que nos é muito desconhecida e que dela somos reféns.
A gente tem esse tipo de preconceito. Em setembro fiz 70 anos e recebi de presente várias camisas, quase todas na cor azul escuro, quando eu tenho preferência pelas camisas claras. Acho que são menos calorentas. Só que as azul escuro ficaram muito bem em mim e acho que vou mudar os meus conceitos.
O mesmo se deu com o livro. A princípio imaginei que a coleção era do tipo "La Economia pero si es mui Fácil", mas me enganei. A Globo foi cuidadosa na escolha dos colaboradores e a tradução está um primor. É claro que não se trata de um compêndio sobre Economia, mas sim uma coletânea de assuntos que nos agridem no dia a dia, tratados de uma forma muito amena e agradável. Enquanto leio o livro vou tentar transmitir aqui as ideias que ele emite, as quais por sinal estão em grande sintonia com as minhas.
A Economia cada vez mais está influenciando o nosso dia a dia, e o motivo disso estar ocorrendo é simples: os bens ao nosso dispor estão cada vez mais escassos. Quando dizemos que uma pessoa é econômica estamos nos referindo a um bom administrador dos seus bens, ou melhor, a um administrador da escassez dos bens necessários à sua existência, e assim sendo estamos dando à Economia a sua melhor definição:
"A primeira lição da Economia é a escassez; nunca há algo em quantidade suficiente para satisfazer os que o querem. A primeira lição da Política é desconsiderar a primeira lição da Economia (Thomas Sowell)".
É aqui exatamente que o estadista se distancia do político. A sua visão de longo prazo o leva a tomar atitudes que podem até chegar a exigir sacrifícios dos seus liderados, mas cujos resultados são muito melhores que aquelas levadas pelo puro populismo. Trazendo esse raciocínio para o nosso dia a dia, podemos vir a ser estadistas de nós mesmos na medida em que aprendemos a administrar como iremos obter o que precisamos, quando outras pessoas precisam daquela mesma coisa.
A agressão contra o nosso bolso é grande e vem de todos os lados, a ponto de acabarmos por confundir o necessário e o supérfluo. Vou dar um exemplo: na minha casa temos 3 laptops, 2 smartphones e 2 tablets, isso para 2 pessoas apenas, e chegamos a uma situação em que a ausência de um desses instrumentos causa um grande transtorno, o que é um despropósito. Para compensar essa gastança temos apenas um TV 32 polegadas Led, enquanto um amigo meu tem 4. Ou seja, a gastança é democrática e depende claramente das nossas preferências e possibilidades, mas eu entendo que o comprometimento do nosso patrimônio com o supérfluo pode ser amenizado na medida em que entendermos melhor o que o escocês Thomas Carlyle definiu como uma "ciência lúgubre, sombria, triste e bastante aflitiva". Acho que essa ideia é generalizada e contribui em muito para nos tornarmos tão expostos às eficientes ferramentas de marketing modernas.
A coisa chega a ser motivo de piada. Joan Robinson, economista britânica, diz que "o objetivo de estudar Economia é aprender a não ser enganado pelos economistas". Quando diz isso ela está tocando num ponto fulcral: existem muitos "Margarinas" se fazendo de economistas e levando o nosso dinheirinho pro brejo. A sociedade fica assim totalmente à mercê desses incompetentes, ou na melhor das hipóteses ideólogos de esquerda, que têm como objetivo final o poder perene. Estamos vivendo um processo assim em nosso país, onde a mensagem que leva o povo para as ruas é uma mensagem falsa de unificação social.
Para que isso seja possível no entanto torna-se necessário que uma Nova Classe seja criada, em substituição ao empresariado, que é quem dá empregos, e essa Nova Classe é o Poder Público, reconhecidamente incompetente. Dá pena vermos na nossa classe média alta a juventude estudando com afinco, pondo todas as suas energias no objetivo de passar em um concurso público e se tornar mais um soldado dessa Nova Classe.
Vamos tentar analisar os pontos importantes da Economia que nos atingem de forma mais direta. Esperamos com isso, com a ajuda desse livro excelente, dar uma contribuição ao melhor entendimento dessa disciplina que nos é muito desconhecida e que dela somos reféns.
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