Uma amiga minha fez um comentário que à primeira vista pode parecer politicamente incorreto. Disse ela que os tais rolês existem há anos nos aeroportos e que até agora não houve reação equivalente.
Com o crescimento do poder aquisitivo da classe C o tráfego aéreo explodiu, e o que se vê nos nossos aeroportos foi a resultante disso. É claro que, pra variar, eles não estavam preparados para arcar com esse fato novo, e o que se viu foi o caos. Foi-se o tempo dos vôos onde ao atravessarmos a linha do equador éramos brindados com champagne francesa. Hoje temos que nos contentar com barras de cereal. Paciência.
O rolê também está presente nos nossos meios de comunicação. A presença de Ratinhos e Datenas a nos azucrinar através da telona não são mais que a manifestação clara de que o nivelamento da nossa mídia está sendo levado ao chão, pra não falar no BBB...
A verdade é que as telecomunicações progrediram de uma forma tal que hoje em dia a nossa capacidade de comunicação é total, e ela pode ser usada tanto para o bem como para o mal. Cabe às nossas autoridades assimilar esse fato e agir de forma a preservar os direitos individuais e coletivos. É direito de qualquer cidadão adentrar em um Shopping Center, assim como é seu direito embarcar em um avião ou assistir ao BBB. A forma como a pessoa se veste para ir ao Shopping Center (insisto em não abreviar para Shopping apenas, pura ranzinzisse) pode ser assunto de discussão infinita à luz da legislação vigente: como se trata de um espaço privado, podem ser definidas restrições à indumentária, assim como em um baile podem-se exigir trajes de gala, ou passeio completo. Acontece que não é preciso um rolê pra você ver centenas de pessoas de bermudas nesses locais. Dia desses viajei de Goiânia pra cá com um rapaz em frente trajando bermudas, regata e havaianas, fora um bodum de lascar. Acho difícil a Azul passar a exigir requisitos mínimos de traje para que se embarque em seus aviões, a essas alturas, quando o prefeito do Rio vai ao reveillon do Copa de bermudas, lançando a proposta de se usar esse traje no Rio durante o verão até nos locais de trabalho.
Com o crescimento do poder aquisitivo da classe C o tráfego aéreo explodiu, e o que se vê nos nossos aeroportos foi a resultante disso. É claro que, pra variar, eles não estavam preparados para arcar com esse fato novo, e o que se viu foi o caos. Foi-se o tempo dos vôos onde ao atravessarmos a linha do equador éramos brindados com champagne francesa. Hoje temos que nos contentar com barras de cereal. Paciência.
O rolê também está presente nos nossos meios de comunicação. A presença de Ratinhos e Datenas a nos azucrinar através da telona não são mais que a manifestação clara de que o nivelamento da nossa mídia está sendo levado ao chão, pra não falar no BBB...
A verdade é que as telecomunicações progrediram de uma forma tal que hoje em dia a nossa capacidade de comunicação é total, e ela pode ser usada tanto para o bem como para o mal. Cabe às nossas autoridades assimilar esse fato e agir de forma a preservar os direitos individuais e coletivos. É direito de qualquer cidadão adentrar em um Shopping Center, assim como é seu direito embarcar em um avião ou assistir ao BBB. A forma como a pessoa se veste para ir ao Shopping Center (insisto em não abreviar para Shopping apenas, pura ranzinzisse) pode ser assunto de discussão infinita à luz da legislação vigente: como se trata de um espaço privado, podem ser definidas restrições à indumentária, assim como em um baile podem-se exigir trajes de gala, ou passeio completo. Acontece que não é preciso um rolê pra você ver centenas de pessoas de bermudas nesses locais. Dia desses viajei de Goiânia pra cá com um rapaz em frente trajando bermudas, regata e havaianas, fora um bodum de lascar. Acho difícil a Azul passar a exigir requisitos mínimos de traje para que se embarque em seus aviões, a essas alturas, quando o prefeito do Rio vai ao reveillon do Copa de bermudas, lançando a proposta de se usar esse traje no Rio durante o verão até nos locais de trabalho.
Foi até criado no Rio o Movimento Bermuda Sim!, o qual já tem até um regulamento, o tal Bermudamento, que eu reproduzo abaixo:
1. Bermuda só a partir dos 29,8°C.
2. Tamanho da bermuda: 3 dedos acima ou abaixo do joelho.
3. Short de surfe não é bermuda.
4. Uniforme de time não é bermuda.
5. Samba-canção... ah toma vergonha na cara.
6. É proibido usar floral. Proibido! Em qualquer lugar!
7. Dia de reunião, nada de bermuda!
8. Não é porque está de bermuda que pode usar regata.
9. Se mais de 2 pessoas zoaram sua bermuda, é porque ela não é apropriada.
10. Não repetir a bermuda mais de 2 vezes na semana. Não força, vai...
2. Tamanho da bermuda: 3 dedos acima ou abaixo do joelho.
3. Short de surfe não é bermuda.
4. Uniforme de time não é bermuda.
5. Samba-canção... ah toma vergonha na cara.
6. É proibido usar floral. Proibido! Em qualquer lugar!
7. Dia de reunião, nada de bermuda!
8. Não é porque está de bermuda que pode usar regata.
9. Se mais de 2 pessoas zoaram sua bermuda, é porque ela não é apropriada.
10. Não repetir a bermuda mais de 2 vezes na semana. Não força, vai...
Estamos diante de um fato novo em que as nossas autoridades não sabem como se posicionar. É fácil prever o que pode acontecer caso não fique claro esse posicionamento. É necessário que uma autoridade de peso ocupe o horário nobre e esclareça a sociedade, sem deixar qualquer dúvida, como devem se comportar os participantes do rolê, e como deve se comportar a autoridade policial. Deixar esse assunto a cargo do dono do Shopping Center é sentar em cima dele.
É claro que não estamos preparados para quase nada nesse país, e não adianta esse papo furado de exigir dos mandatários espaços de laser na comunidades de renda média / baixa. Isso é assunto de médio prazo; é algo parecido com a exigência absurda de se ter do governo do Maranhão um projeto completo de reestruturação da atividade prisional dentro de 60 dias. Logo o Maranhão, que tem o governo mais incompetente do país há décadas. A solução nesse caso é, sem alarde, uma intervenção federal, que não vai ser feita pelo simples fato de estarmos em um ano eleitoral.
E o que tem que ser dito aos jovens que insistem em fazer rolê? Que é um direito deles, e que eles não podem usar esse direito para perpetrar abusos. Simples assim. Que se eles se virem usados por aproveitadores da ocasião para que esses abusos venham a ocorrer, essa atividade estará condenada. Por eles mesmos. Que o abusos, e apenas os abusos, serão punidos com a força necessária. Que a polícia está preparada para que os direitos sejam respeitados, dos participantes e dos não participantes.
Acho que está passando a hora de a nossa PresidentE cair na real e tomar a inciativa de usar toda a sua autoridade para administrar de forma clara o barril de pólvora no qual, por puro descaso, estamos sentados.
E o que tem que ser dito aos jovens que insistem em fazer rolê? Que é um direito deles, e que eles não podem usar esse direito para perpetrar abusos. Simples assim. Que se eles se virem usados por aproveitadores da ocasião para que esses abusos venham a ocorrer, essa atividade estará condenada. Por eles mesmos. Que o abusos, e apenas os abusos, serão punidos com a força necessária. Que a polícia está preparada para que os direitos sejam respeitados, dos participantes e dos não participantes.
P.S. - Esta semana estamos comemorando a marca de 10.000 acessos neste Blog. Para mim é motivo de grande orgulho saber que, em menos de dois anos, este Blog teve uma média de 17 acessos por dia. Só tenho que agradecer a confiança depositada nas opiniões desse ancião.
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