Estamos no século VII. Um caixeiro viajante de nome Maomé, um homem de 40 anos, recebeu a aparição do anjo Gabriel, o qual ordenou que ele passasse a pregar a palavra de Deus. Diz a história que Maomé entrou em pânico, mas foi convencido por sua mulher e seus próximos a seguir a ordem angelical. Pano para analisarmos em que circunstâncias ocorreu esse fato. A sociedade em que vivia Maomé era tribal; ele vivia em Meca e pertencia à tribo Coraishita, e a Península Arábica era uma espécie de caldeirão religioso. As tribos da Arábia adoravam deuses da Mesopotâmia, cujas estátuas se encontravam em Meca em um templo chamado Kaaba. Mas por lá também havia uma comunidade cristã, uma judaica, e até um pouco de zoroastrismo. A mensagem monoteista de Maomé não soava tão estranha. Além disso a Arábia estava espremida entre dois grandes impérios: o Bizantino e o Sassânida Persa, os quais viviam brigando. Assim, para os muçulmanos, Maomé deve ter tido o mesmo papel de Jesus para os Judeus: um refo...